Movimentos populares encontram Lula e cobram medidas para a superação da crise em seu governo

Plataforma de organizações sociais reúne propostas para a candidatura de Lula com foco na reconstrução do país

Representantes do MAB, MAR e outros movimentos sociais encontram Lula e Haddad durante ato. Foto: Emily Firmino

Em ato realizado hoje, 27, na capital paulista, o candidato Lula recebeu a plataforma de reivindicação de centenas de militantes que representavam diferentes organizações sociais e movimentos populares brasileiros.

Para dirigentes das organizações presentes, as eleições presidenciais deste ano devem representar uma mudança nos rumos do país, freando a fome, o desemprego e a deterioração das condições de vida da população brasileira.

Entre os eixos da plataforma apresentada estão: redução das desigualdades econômicas e sociais; geração de trabalho, emprego e renda; fortalecimento do estado e dos serviços públicos; reforma urbana; segurança pública; democracia; meio ambiente; reforma agraria, agricultura familiar, agroecologia e soberania alimentar; igualdade e diversidade e relações internacionais e soberania.

No documento “Propostas dos movimentos populares, superar a crise, reconstruir o Brasil”, diversas organizações apontam medidas para que o governo Lula se oponha ao projeto político do neoliberalismo.

Noventa organizações, entre movimentos sociais, centrais sindicais, pastorais e frentes já assinaram o documento de reivindicações entregue ao candidato Lula. Foto: Coletivo de Comunicação do MAB

Entre essas propostas estão a revogação das privatizações, a garantia de preços acessíveis para a gasolina e a energia elétrica e a construção de soberania energética no país. Diante das reivindicações, o candidato afirmou que a situação atual é insustentável. “Não é possível a gente ter autossuficiência em petróleo e estar pagando caro na gasolina. Não é possível que as pessoas não consigam comprar um botijão de gás”, destacou Lula em sua fala.

Durante o encontro, Raimundo Bonfim, integrante da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, destacou que é histórica a unidade das organizações sociais em torno da candidatura do Lula. “Os movimentos já estão mobilizados e nas ruas para garantir a vitória. Se o Bolsonaro não quiser passar a faixa para o Lula, nós (militantes dos movimentos sociais) vamos entregar ao presidente. E nós vamos continuar lutando para que essas propostas apresentadas sejam implementadas”, destacou.

“A cobrança que vocês estão fazendo é verdadeira, é histórica e é a única razão da gente querer disputar essa eleição”, disse Lula, ao receber o documento. “Esse povo está com sede, querendo beber democracia, um pouco de respeito e dignidade”, complementou.

Leia o documento

Ao todo, mais de 90 organizações, entre movimentos sociais, centrais sindicais, pastorais e frentes já assinaram o documento que pode ser acessado aqui.

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro

| Publicado 02/10/2021

Atos “Fora Bolsonaro” acontecem em mais de 300 cidades brasileiras neste sábado, 02

Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participaram das manifestações em defesa da democracia e contra a inflação geral, o aumento abusivo das tarifas de luz, as privatizações e a gestão pandemia no país

| Publicado 15/06/2023 por Coletivo Nacional de Comunicação do MAB

Movimentos sociais realizam Jornada de Lutas contra alta dos juros

Movimentos sociais convocam população a ir a às ruas denunciar impactos da alta da Selic na precarização das condições de vida dos brasileiros

| Publicado 08/02/2024 por Amélia Gomes

“A Vale tem que pagar”: em visita a Minas Gerais, presidente Lula critica postura da mineradora na repactuação do Rio Doce

Conquista da PNAB como avanço na garantia do direito dos atingidos também teve destaque na agenda do executivo federal