Agricultores de SC e PR reivindicam apoio ao poder público diante de forte estiagem que atinge sul do país

Atos que pediam a criação de um Comitê de Emergência aconteceram em Francisco Beltrão, Condói e Coronel Vivida, no sudoeste do Paraná, e em Dionísio Cerqueira, no noroeste de Santa Catarina

Mobilização de agricultores em Francisco Beltrão (PR) pede apoio aos governos diante das perdas agrícolas na região sul. Foto: Geani Paula e Lunéia de Souza/Assesoar

Na manhã de hoje, 16, movimentos sociais e entidades da agricultura familiar do Paraná e Santa Catarina realizaram manifestações simultâneas para reivindicar apoio do poder público diante da forte estiagem que atinge o sul do país. Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participaram dos atos para pressionar entidades públicas a reparar os danos causados pelos extremos climáticos que têm castigado pequenos produtores da região desde 2020.

No mês passado, um grupo de agricultores já havia apresentado uma pauta com suas principais demandas à Secretaria de Agricultura e Abastecimento-SEAB do Paraná. Na ocasião, eles defenderam a criação de um Comitê Emergencial com representantes das entidades da agricultura familiar, do Governo do Estado, do Ministério Público e da Assembleia Legislativa para tratar do tema.

A proposta das entidades é a criação de um auxílio emergencial no valor de um salário-mínimo para agricultores em situação de vulnerabilidade durante um período de 12 meses. Além disso, os movimentos defendem ações de fomento à produção e acompanhamento técnico para as famílias atingidas pela estiagem, além do desenvolvimento de políticas de preservação ambiental para o território.

“Isso (a estiagem) vem impactando a agricultura familiar e até o momento o Governo não adotou nenhuma medida de apoio aos agricultores”, afirma Maristela Costa, que integra a coordenação do MAB.

A agricultura é a principal atividade produtiva da região, porém, nos últimos dois anos, houve uma queda considerável na produção de grãos, frutas e hortaliças, assim como no setor leiteiro e na criação de aves, suínos e gado de corte, devido à situação de estiagem. “Nesse sentido, a luta do dia de hoje é para promover um diálogo com toda a sociedade e sensibilizar o governo para que se efetivem medidas emergenciais de amparo”, completou Maristela.

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